Autoconhecimento é como o Caminho para Oz
Imagine uma paisagem bonita, a praia, o sol se pondo, uma aurora boreal.
Um lugar tão lindo que você viveria lá, nessa paisagem, para sempre!
Legal, todo mundo gostaria de viver lá, não é mesmo?
Mas para chegar nesta linda paisagem, você tem que passar por uma estrada muito estreita e acidentada, como aquelas estradas no Tibet, que só passa uma pessoa e fica à beira do abismo.
Para muitos, esta mesma paisagem deixa de ser tão atrativa ao pensar no caminho que tem que percorrer para poder chegar lá.
Assim é o caminho para o Autoconhecimento
Assim como no conto do O Mágico de Oz, para conseguir chegar onde queremos, temos uma grande aventura, num caminho tortuoso e complicado.
Para chegar ao autoconhecimento, precisamos tomar uma jornada para dentro de si, nos conhecer nas nossas mais densas profundezas, conhecer áreas de nós mesmos que talvez não gostaríamos.
Tudo isso, para alcançar a tão sonhada felicidade plena, de que temos somente ao nos conhecer e nos aceitar
Mas no final, você percebe que o que sempre importou foi a jornada e não o destino.
Dando o primeiro passo nessa aventura do autoconhecimento
Muitas vezes, temos medo (consciente ou não) de nos conhecermos melhor.
Seja por não querer encarar seu lado mais sombrio, seja por falta de instrução, seja por alguém um dia ter nos dito que é errado por algum motivo qualquer.
Querendo ou não, nossa cultura ocidental, nos ensina a cada dia que o certo, o legal, o ideal, é você viver mais "para fora" que "para dentro".
Na maioria dos lares, ainda mais hoje em dia, as crianças são ensinadas desde pequenas a assistir TV, a brincar com as outras crianças (sim, é bom que aprendam a socializar), mas não são ensinadas a entender seus sentimentos ou a meditar.
Tive uma ex que tinha mais de 7 irmãos, 3 ainda eram criança e inclusive, na época, uma era bebê, além de ela ter mais um sobrinho que vira e mexe eu estava em contato.
E tive o exemplo que guardo até hoje de como a criação das crianças tem sido hoje em dia:
Assim que a criança começava a chorar, alguém vinha e dava um celular na mão dela, com um vídeo da Galinha pintadinha ou da Pepa Pig.
Era sempre assim;
Chorou? - Pepa Pig
Chorou de novo? - Galinha pintadinha
Inclusive, ví esta cena acontecer tantas vezes, que hoje em dia odeio ambos (rs).
O interessante pra mim, pensando sobre esta cena, hoje em dia, é que:
Nenhum momento as pessoas fizeram a criança se questionar o porquê de estar chorando.
Ninguém tentava algum método de respiração ou autoconhecimento para a criança se acalmar e perceber o quê estava acontecendo com ela, se o choro tinha motivo ou não.
Claro que é muito chato ficar ouvindo a criança esperneando e enchendo o saco sem parar, eu também achava.
Inclusive, muitos momentos, era eu a pessoa a dar o celular com Galinha pintadinha para ver se ela parava de chorar (rs).
Mas, como reflexão aqui para este Post, este tipo de atitude só ensina a criança a procurar respostas para suas súplicas fora e não dentro.
Consegue perceber onde eu quero chegar?
Quando esta criança se tornar adulta, grandes as chances de que, quando estiver chateada ou se sentindo mal com alguma coisa, ela procure uma "Peppa Pig" para resolver isto, ao invés de tentar ir à raiz do problema.
Neste caso, quando adulta, a "Peppa Pig" pode ser um carro, um relacionamento, bens materiais de todo tipo, álcool, balada...
Enfim, tudo que a faça se esquecer do porquê ela está se sentindo mal, assim como sempre foi feito, desde a infância.
Se você já tem filhos, talvez comece a repensar no modo como os tratou até hoje, se ainda não teve, talvez comece a pensar no modo como vai tratar.
E é bom que o faça!
Isso evita que nasça mais uma geração de adultos que sabem mais sobre seu time de futebol favorito que de si mesmos.
** Muitos caras hoje em dia sabem tudo sobre seus times; escalação, qual jogo ganhou em 1988, média de gols, qual o salário dos jogadores, mas não sabem dizer qual seu primeiro pensamento ao acordar pela manhã.**
Por causa deste tipo de criação, que o caminho parece ser tão difícil
Como infelizmente, não nascemos nascemos na era certa, onde as crianças são ensinadas esse tipo de coisa desde pequenas, ou na região certa, pois em países asiáticos este tipo de educação é mais comum.
O jeito, é fazer do modo difícil mesmo, que é pegar suas coisas e embarcar nesta aventura por si mesmo, sem saber pra onde ela pode te levar.
Veja neste Post aqui, quais os 3 primeiros passos que você pode tomar nesta direção, que certamente, se você o fizer, um dia vai me agradecer ;)
Mas este é só o início, e a jornada não é nada fácil, é um passo a cada dia.
Como chegar lá, eu ainda não posso te dizer, pois eu mesmo ainda não cheguei, mas posso te contar como é a visão daqui de onde estou;
Quanto mais se olha para dentro, mais claro a caverna vai ficando.
O que no começo eram sombras assustadoras, hoje em dia estão iluminadas pela luz do conhecimento, e agora formam lindas estalactites.
Ao fundo desta caverna, já posso ver uma luz surgindo, os primeiros raios de Sol daquela nossa paisagem que te fiz imaginar no começo.
O bom é saber que não estamos sozinhos nesta jornada e que muitas outras pessoas estão passando pelo mesmo, cada um de sua forma, em seu caminho.
Veja no Podcast de hoje como a Bruna está em busca do dela.
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